quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
Estação de Baturité
De tantas do mundo,
A estação da cidade.
O primeiro presente
Do imperador
Para o maciço.
O trem:a poesia
Em movimento.
Causou reboliço,
Barulho, fuxico.
Dividiu o trabalho,
Separou os homens
O algodão e o café.
Em baixo lacaios, peões
Em cima os chefes, barões.
Estação.
Grande estaca
aberta na mata.
Linha-tronco
Que se projeta
Cortando veredas
Unindo o povo e a terra.
Feita para Chegadas
E partidas
De um tempo remoto,
De gente louçã
Onde o que sobrou
So se sabe de ouvir contar.
Sobras...
Abertas em pedras
Inscritas nos eixos,
Nos bancos virados
Quando nao se quer encarar.
Vidas...
Riqueza conhecida
Oculta em paredes
Desnudas.
Expectativas.
Um pensar outro
Imemorial
De longinquos ancestrais.
Vozes guardadas
Em malas de viagem,
Soltas em bancos
Fragilizados pelo tempo.
Sino,
Gritando insistente,
lembrando aos passantes
A hora de passar.
Hoje
Dor mentes roubados,
Sussurros suados
escusos
Ali, atrás.
Vitrais desped(r)açados.
Ante o regalo...
Violenta-se
Com a mão
A arte do artesão.
Paixões escondidas
Nos muros...excita
Amores a vagar.
E a Vênus de Milo
Da roda dos amigos
da vida vivida,
Emudece ao olhar
O tempo de hoje
Bem triste...distante.
Que aos olhos andantes
Só restam contemplar.
Lise Souza
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